terça-feira, 31 de março de 2020

VERBETE DA VIDA

Quando jovem, pensar no futuro era quase que imaginar um espaço tão imponderável que mais pareceria um vácuo. Vácuo de emoções, de expectativas, de projetos.

Nada seria problema. Nada acontecerá. Não sentiria dor nem alegria nem tristeza.
Afinal, iria demorar tanto tempo que nem se poderia supor qualquer tipo de vida parecida com o que vivia.

Alguma coisa parecida com um livro de ficção. Sem dor. Sem prazer.

Mas, que nada.

Os dias são os mesmos dos vinte anos.
Os mesmos medos, os mesmos desafios, as mesmas esperanças.
Só mudou o corpo e os limites que o tempo impôs.