domingo, 17 de novembro de 2019

VERBETE PELA VIDA -  A TEMPESTADE

Eu teria na época uns 3 ou 4 anos.
Morava em Uberaba, na Rua Padre Zeverino, acho que número 36.
Choveu muito na tarde. Deveria ser verão.
Depois da tempestade passar, as pessoas saíram de suas casas, e foram para a calçada falar da chuva.
Vizinhos abrindo as janelas, comentando alegremente a chuva.
Eu vi a tarde se por. O cheiro de chuva, a claridade do sol que se escondia.
Meu pai chegou do trabalho, e ficamos minha mãe, minha avó, na calçada conversando com os vizinhos até começar a anoitecer.
Sempre que lembro disso, lembro do navio do Amacordd, do Felini, como momento encantado.
Isso nunca saiu da minha memoria, como se fosse alguma coisa que jamais deveria esquecer.


VERBETE PELA VIDA - RABANADA E SINOS DA SANTA RITA

Vó Pineta me levou para passear. Fomos à casa da tia Haide, no bairro São Benedito.
Lá comi rabanada com café e leite.
Voltamos ao entardecer.
Quando estávamos chegando na esquina da praça Santa Rita, estava tocando os sinos das 6 horas da tarde.
Vó Pineta fez o sinal da cruz e pediu para eu também fazer.
O sol ainda forte, e meio penumbroso e inesquecível.
Isso também nunca saiu da minha memória. E quantas vezes nos momentos mais tristes esse instante dava luz.