sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

VERBETE DA VIDA

Deveria ter 11 ou 12 anos. Trabalhava durante a tarde e a noite ia para a 30 de Outubro, no Brás.
Chegava em casa depois de pegar um ônibus e ir para o Tatuapé, onde eu morava.
Meu pai me esperava no ponto do ônibus, e vinhamos conversando até chegar em casa.
Mas, mesmo antes, de ter mudado para o Tatuapé, quando ainda morava na Rua Ana Tenório 75 no Brás, meu pai ia me esperar na porta da escola, da 30 de Outubro.
E lembro que vinha com o braço no ombro dele. Já bem debilitado íamos bem devagar.
O engraçado é que meus colegas diziam que eu era mimado por conta disso. Eu não ligava.